Do Olimpo ao Escritório: Desvendando as Habilidades de Liderança na Saga de Percy Jackson

Eu, formada em Administração e veementemente apaixonada pela cultura pop, não poderia deixar passar em branco a correlação da minha saga literária favorita, Percy Jackson e os Olimpianos, com o meu ponto de vista sobre o mundo profissional. 

A saga é, originalmente, composta por 5 livros. O enredo retrata a mitologia grega, mas a história é ambientada para o século XXI. Aqui não cabe uma resenha, mas a grande questão é que o mundo está prestes a ser incinerado com os grandes conflitos entre deuses, titãs e semideuses, mas qual é a ligação disso com o mundo real e profissional? 

Deixemos de lado o ponto mitológico da coisa e passamos a observar praticamente. Obviamente, Percy é o protagonista da série, mas ele não faz tudo sozinho. Aliás, ele não faz nada sozinho. Eu aposto que, para você, inserido no mundo da gestão assim como eu, isso soa muito familiar, certo? 

Durante os 5 livros, Percy teve uma missão e, em cada desafio, ele precisou contar com a ajuda do elemento mais singular de todas as existências: pessoas. O que cada um poderia ser e fazer exigiu dele uma disposição de líder. Percy teve que correr atrás, se desenvolver, errar e aprender. Nenhuma de suas habilidades, exceto a de controlar o mar, o foi dadas de graça.

Então, aqui vai algumas habilidades de liderança que Percy desenvolveu para superar cada desafio e que me trouxeram grandes reflexões: 

1 – Tomada de decisões sob pressão:

Percy frequentemente precisa tomar decisões rápidas em situações de perigo iminente, como enfrentar monstros ou resolver problemas indecifráveis. Apesar da pressão o assustar e incomodar, ele não foge. Percy se regula, se concentra, raciocina e encara meticulosamente cada confronto. 

Quantas vezes o nosso dia a dia profissional também é encarar monstros que parecem ser maiores e mais fortes do que nós? E quantas vezes damos a volta por cima superando a nós mesmos? 

2 – Trabalho em equipe e delegação de tarefas:

Em várias ocasiões, Percy lidera grupos em missões desafiadoras. Ele aprende a confiar nos pontos fortes individuais de seus parceiros e a delegar tarefas de acordo com suas habilidades. Isso destaca a importância de observar sua equipe e de trabalhar em conjunto. 

John C. Maxwell, autor de As 21 indispensáveis qualidades de um líder, uma vez disse que “o verdadeiro líder não é aquele que exerce poder, mas sim o que empodera os outros”. 

3 – Comunicação clara e direta:

Percy muitas vezes precisa se comunicar com deuses e criaturas mitológicas mais fortes do que ele. Ele precisou entender que se expressar de maneira clara e direta, mesmo em situações complexas, seria muito melhor para todos. 

Às vezes, olhamos para as pessoas que estão lá no topo há décadas e nos esquecemos de que elas também tiveram um começo. De que elas também foram “semideuses” antes de se tornarem “deuses”. Um bom líder, apesar de qualquer incômodo, precisa desenvolver a habilidade de se comunicar com eficácia, seja para com seus liderados ou superiores. 

4 – Adaptação a mudanças e resolução de problemas:

Ao longo da série, mesmo com um plano traçado, Percy enfrenta uma série de situações imprevistas. Mas ele não teve outra opção a não ser se adaptar a mudanças repentinas e encontrar soluções para problemas complexos. 

Na vida real, nós podemos desistir, mas se esse não for o caso, a flexibilidade e a resiliência serão nossas melhores amigas em momentos desagradáveis. 

5 – Cuidado com o bem-estar da equipe:

Percy demonstra preocupação constante com o bem-estar de seus amigos. Ele está disposto a arriscar sua própria segurança para proteger aqueles que ama. 

Sabemos que não precisamos amar as pessoas que compõem a nossa equipe, mas precisamos intrinsecamente respeitar, conduzir e zelar. Uma grande liderança não é só influenciar, ordenar ou solucionar, mas é, sobretudo, servir. 

Na jornada de Percy Jackson, a liderança supera o heroísmo épico. Sua saga é uma epopeia que nos provoca a olhar além das façanhas mitológicas, encontrando na liderança a arte de equilibrar a coragem e a humildade, a comunicação e a escuta, a lealdade e a justiça. É um lembrete lúdico de que podemos trilhar nossos próprios caminhos heroicos no mundo profissional, onde a verdadeira liderança é construída a cada desafio e experiência, afinal, essa é uma jornada de descobertas e aprendizados contínuos.

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