Ao meu time da alma;
incontestavelmente, foi o meu pai que me fez nascer Cruzeiro.
Meu pai me mostrou, desde o berço, que tenho 5 estrelas, que devo carregá-la com amor e que por onde você for, eu vou.
Com você eu vivi muitas glórias. Mas, sobretudo, você me ensinou que o futebol é um passe de afeto.
Meu time amado, dessa vez eu entrei na nossa casa, rodeada de outros muitos cruzeirenses, cantando, gritando e incentivando para salvar você, seu nome e a sua essência.
Cada garganta, cada coração, cada pulmão vestido de azul e branco viveu mais que 90 minutos por você. Nós tiramos o nosso ar pra te fazer respirar. Nós nos salvamos, um ao outro. Você vai voltar a viver.
Não se esqueça que temos que conversar sobre o ano que vem. Eu concordo que não tem sido fácil viver distante de onde estamos acostumados a estar. Deixo registrada a minha dor
de perder a voz com o objetivo de não te ver morrer no mesmo lugar que tantas vezes gritei pra te ver vencer.
Mas a sua nação celeste é a resistência. Meu sentimento não vai parar. Só nós sabemos a força que o mar azul e pulsante tem. Por toda minha vida vou te acompanhar. Então, do fundo do meu coração azul, se for assim, por nós, você vem com a gente?
Raquel Rutinha